quarta-feira, 9 de março de 2011

Sonhos e pesadelos...

Agora vemos como em espelho e de maneira confusa; mas depois veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei como sou conhecido
(1 Coríntios 13:12).

Esta semana fiquei pensando nos sonhos que nós temos. Mas não nesses sonhos sobre coisas que ao de vir, mas os sonhos que temos enquanto dormimos. Muitos deles são bons e fazem com que a gente não queira acordar, geram até certa desilusão quando acabam. Às vezes eles são interrompidos por um despertador, e outras por sua mãe a porta do quarto lhe alertando sobre a hora avançada. Que no caso aqui de casa significa que você pode esperar mais 15 ou 20 minutos na cama, pois há tempo. Hehehe deixem que eu explico. A minha mamãe é uma abençoada, mas sofre por antecipação. Então desde que me dou por gente, ela nos acorda dizendo que já são 09h30min quando o relógio ainda trabalha para alcançar os seus ponteiros para marcar 09h00min.
Mas não são dos sonhos bons que quero falar. Não foi um deles que me fizeram pensar sobre isso.
Desde criança tirar notas boas na escola foi minha sina. Não olhem com essa cara! Eu tinha motivos pra isso! Eu era filha da professora me diziam que tinha que dar exemplo. Além disso, nos meus primeiros anos de escolarização eu não fui muito feliz em me relacionar e ter amizades, sendo que a única forma de acesso que encontrava era dando explicações da matéria, passando cola, ou fazendo os trabalhos sozinha, mas colocando o nome de todos.
Diante dessas coisas dá para ter um breve deslumbre de toda pressão que as notas exerciam sobre mim, ter notas boas não era apenas uma questão de resultados, mas no meu olhar ingênuo se tratava de sobrvivência na complicada “selva social”. Hoje eu ainda encontro alguns respingos dessa fase. Sou bem exigente com minhas notas e fico muito frustrada com notas fora dos meus planos. No entanto, em uma dessas últimas noites sonhei que tinha tirado 2,5 em uma prova de inglês. Pensem no desespero! Em toda minha vida escolar isso nunca tinha acontecido e aquilo não cabia em minha mente, como poderia ser possível? O mais engraçado é que o meu conforto durante todo aquele momento angustiante era de que aquilo se tratava de um sonho e que a qualquer momento iria acabar.
Quando acordei lembrei-me de que havia sonhado com alguma coisa, porém a única coisa que consegui lembrar era daquele sonho. E sentir o alívio por aquilo não ser verdade.
 Mas o motivo real pelo qual lhes conto essas coisas é que diante disso pude compreender melhor que a nossa vida é um sonho. Ela se trata apenas da sombra das coisas que estão por vir. E nisso há esperança para todos nós. Por mais que viver nos traga alegrias, no fundo sempre nos sentimos como um trenzinho de brinquedo dando voltas em seus trilhos propositalmente circulares pra que ele nunca pare de andar até ser desligado. Voltas e mais voltas são seguidas umas das outras em direção a lugar nenhum.
A vida sempre nós trás um gosto de quero mais. De que não se trata de apenas isso. De que tem que ter mais! E nos queremos mais! Não somos feitos para isso e não precisamos achar que somos! E muito menos agir como se fossemos apenas uma maquina sem motivo, sem um fim. Acho que o que nos faria trilhar por aqui com mais ânimo é lembrar de que a vida se trata de um sonho. Há coisas muito melhores lá fora esperando para serem vividas. E assim que esse Sonho terminar poderemos viver toda a verdade sem pesadelos e sem falhas.
É bom saber que somente o que há de bom em nós entrará nos novos céus e na nova terra. As coisas velhas ficarão pra trás. Certamente serão confiscadas por Cristo na entrada. E eu já tenho um palpite de onde ele as vai deixar... Aliás, não vejo lugar mais apropriado que ali. Você consegue ver aquela cruz lá em cima do monte? É sobre ela que serão lançadas todas as nossas iniqüidades. Você vê aquela mesa com muitos lugares lá dentro? É lá que desfrutaremos da presença de Deus e de toda a verdade.

Jucilene Montagna.

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